Passagem pelo cosmos #1


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Quando Numen Neit foi jogado no Cenote Sagrado como sacrifício, suas esperanças de sobrevivência foram arremessadas junto com seu espirito. Mas, apesar dele ter acertado a água, suas esperanças acertaram as pedras. Ele foi quebrado, como homem e como sábio. Uma costela fraturada espetava seu vigor a cada movimento que fazia. Ele sabia porém, que se chegasse vivo na superfície novamente, os cidadãos o considerariam uma encarnação divina, um ser profano vindo de Ah Puch, o deus do submundo, ou a aparição de Kinich Ahau, o deus do sol, pois este voltava da terra dos mortos todas as manhãs. Porém Numen não podia se levantar, os fios da harmonia embranqueciam sua visão estourando as ligações pouco a pouco.

“Sem muito esforço…É só olhar para cima e se lembrar, pensou.
Fechou os olhos esperando encontrar luz, mas falhou.
Abriu-os esperando ser iluminado, mas só havia um céu escuro e ofuscado. O desespero tomou conta de sua mente, mas ele nem ao menos piscou.
Se estou na crosta, estou no fundo; agora o poço se eleva acima das luzes da cidade, a escalada vai até as estrelas. [...]"

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