Vela aos Sais

No corte salgado de água e bruma
O rum mágico derrama e ruma,
Um navio pirata além da sorte
Onde venta a bandeira da morte.

Sussurros de liberdade ecoam a proa
Ó bela sereia que a frente coroa!
Posta ao canto sombrio dos canhoneios
Respinga lágrimas da cauda aos seios

Ante a quilha perder o beijo do mar,
O guardião fantasma martela o lar,
Nas tristes noites de mortal tormenta.

Às profundezas da saga violenta
Vossa aura de ouro raia as águas planas
E aos arqueios vela a Vingança da Rainha Ana


Soneto escrito a partir de sonhos que me seguem desde a infância.

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