Não me arrisco por ninguém.
Não tomo nenhuma iniciativa.
Não atuo em nenhum momento.
Não revido nenhuma ofensiva.
Não espero nenhum apoio.
Tudo se resume ao nada, e o nada é inútil.
Para não provocar o Azar, sempre permaneço… Parado.
Existo sem perceber.
Surjo após o descanso eterno.
Depois da infinidade me uno ao caos.
Meu esforço é imaterial.
Sentenciado a uma vida sem reação, o tempo me eteriza.
No marasmo da existência desejar é egoísmo.
A inconsciência finaliza minha ignorância imatura
E desperta minha sabedoria anciã.
Para o sedentário o réquiem se torna adágio.
Alguns chamam o destino de sábio, outros, de razão maior.
Eu, com um ideal boêmio do fim, o chamo de tédio.
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